segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Estragos, finalmente

Finalmente começamos a fazer alguns estragos.

Deixem-me começar com essa frase tão em moda no balneário “para a semana mais da mesma receita..”, e já agora continuar com a certeza de que; se este fim-de semana houvera um jantar, eu teria ido.

A atitude, e sobretudo o companheirismo, no jogo com o Estombarense foi de louvar, já tivemos bons jogos ao nível da atitude e concentração mas como este ainda não tinha visto, sim senhor. Fomos um autêntico bloco!

Talvez o melhor exemplo tenha sido o Kazé. Passo a explicar, quando um jogador do ataque defende como ele fez durante toda a partida, só se pode ganhar mesmo. O homem fez cortes em carinho, em posições acrobáticas (não foi só o Kálé!) tanto no ataque como bem dentro da nossa área; o Cartaxo ficou parvo, nem queria acreditar no que via! cinco estrelas.

Outro jogador que esteve a um nível ainda não visto este ano foi o Steven, e não digo isto apenas pelo golo, mas pelas acções durante o jogo, já que até foi na 1ª parte que se destacou mais. Várias vezes conseguiu desenvencilhar-se de vários adversários em situação complicada, noutras vezes assistiu companheiros muito bem. Especialmente quando chegou a altura de defender foi mais um a roer, literalmente, o adversário. Agora só tens é que melhorar ainda mais, sempre mais.

Para mim o homem do jogo foi mesmo o Kalé, dominou sempre a sua área de acção, e foi grande no jogo aéreo com que o Estombarense tentou tirar de vantagem na fase chuveirinho, conferindo sempre uma enorme confiança à defesa. Um reparo apenas, demorou a perceber como compensar o efeito do vento nos pontapés de reposição.

Uma palavra para o Domingos, mal expulso, num dia em que a exibição estava a ser igual à dos últimos dois jogos, boa, assumida e com muita personalidade e vontade de decidir. Depois da expulsão não era preciso aquilo tudo. Até consigo perceber o Domingos, neste ano já nem queria jogar à bola, mas de cada vez que é expulso não pode agir como se aquele fosse o seu ultimo jogo, onde já não tem nada a perder, tem mostrado que tem muito para dar e que a equipa precisa muito do seu contributo.

O Calhabana mais novo também demonstrou estar melhor adaptado ao posicionamento mais avançado no terreno, controlando melhor a posse de bola, foi uma das boas exibições.

O pessoal da "raça", Cravo, Bambo, Flávio e moi même, esteve bem imprimindo a agressividade do costume. Modéstia à parte, adorei o corte que fiz num lance em que analisei bem a necessidade de compensar a zona central da defesa, depois de um sprint de uns bons 50m cortei na cara do adversário um passe de bandeja que certamente lhe proporcionaria um golo fácil. São momentos destes que me dão tanto prazer como um golo marcado.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

A mesma receita

Esta é para o Cachola!

Finalmente aplicámos a mesma receita a uma das equipas que nos tinha batido fora pelo mesmo resultado, num jogo que até tinha levado ao “prematuro” (mas feliz para a maioria do plantel) abandono do treinador.

Ganhar 3-1 ao Santa-Luzia sabe sempre muito bem, mas verdade seja dita, aquele era o Santa Luzia mais fraco que vi nos últimos 5 anos (volta Orlando estás perdoado, e o treinador ainda dava uma perninha!).

No Final o resultado deveria ter sido outro pois falhámos golos em situação de um para um com o guarda-redes. Convém contudo não esquecer que um jogo pode tomar destinos muito diferentes conforme o que vai acontecendo ao longo dos 90 minutos. Se na primeira parte o Santa Luzia tem marcado mais um golinho, naquele período em que recomeçamos a apontar o dedo uns aos outros, sabe se lá com que resultado teríamos chegado ao fim.

Assim com paciência lá demos a volta ao marcador e na segunda parte, com a ajuda do levante (óptima escolha de campo!), até podíamos ter goleado.

Queria dar o meu destaque para dois jogadores que estiveram muito bem ao nível da ATITUDE, o Domingos e o Mambo. Ambos demonstraram bem o significado do que o Miguel vem dizendo “o nosso sucesso no jogo é aquilo que nós quisermos e FIZERMOS lá dentro, pois nada cai do céu". Embora não tenha cumprido a missão defensiva duma forma consistente, o Domingos mostrou como, numa zona fulcral do terreno, se assume essa responsabilidade e se agarra o jogo. O nosso rookie Balsinha, por exemplo já não conseguiu tão bem assumir este papel, acusou alguma ansiedade e precipitação em alguns lances, é normal a posição também é bastante mais complicada e ele tem montes de tempo para aprender. O Mambo jogou igual aos treinos, não é preciso elogiar mais, quando se treina assim, assim se joga, é um dos melhores exemplos a seguir.

Agora vem o Ginásio e a “pressão” de fazer, pela primeira vez este ano, uma série de 2 vitórias. Concordo com o Miguel que a chave vai estar sobretudo na nossa cabeça, do modo como individualmente prepararmos a mioleira para este confronto. Não basta durante o aquecimento para esse jogo relembrarmos repetidamente em voz alta e de forma dirigida aos colegas o clássico “temos de ganhar este jogo malta...temos de ganhar...”, cada um tem de saber individualmente o que tem de fazer melhor para ganhar, como o Domingos soube tão bem este fim de semana. Porque senão quando, e se, as coisas começarem a correr mal, lá estaremos todos a disparatar e a sacudir a água do capote uma vez mais, como se a responsabilidade não fosse de todos, da equipa. Cada um tem que saber, tem que interiorizar o que vai fazer lá para dentro no Sábado. Eu vou deixar uma deixa já em relação ao próximo desafio, aproveitando para isso as memórias do jogo da 1ª volta.

Aquando da nossa recepção ao Ginásio apanhamos com um árbitro que não queria dar cartões, talvez porque os 11 Esperanças vinham de uma série de expulsões, uma série mais negra que o Luís. O Ginásio, explorou a situação muito melhor do que nós, e tirou daí dividendos; cada vez que o Carrega ou o Cachola ultrapassavam um opositor eram sistematicamente ceifados, como não passaram a largar mais a bola, assim foi acontecendo até ao final do jogo sem que os cartões começassem a saltar. Por sua vez nós deixávamos o adversário galgar em raides solitários, quais Maradonas, de área a área, sem que ninguém interrompesse a jogada, impossível jogar no Distrital assim! A este nível cada um tem de encarrar o seu adversário directo, seja em que posição no terreno for, como se fossemos todos centrais de marcação (ou passa bola ou passa jogador cacete), com a vantagem que provavelmente não haverá cartões (normalmente são atribuidos tendo em conta a proximidade à área) nem pénalties (talvez por isso se sinta tanta a falta do Silvestre no plantel deste ano, onde quer que jogasse encarava sempre a coisa assim). Deste modo o adversário só pode ter vantagem sobre nós se trocar a bola bem sem dar sequer tempo para que cortemos o lance, legal ou ilegalmente, caso contrario vai ao chão e perde a vantagem enquanto nos reorganizamos após a falta, e como no Distritalão não abundam equipas a trocar bem a bola...

Pela mesma ordem lógica de ideias, temos nós que jogar mais rápido, com menos malta agarrada à bola (sim essa regra não se deveria aplicar só a mim), e sem precipitações mas com a tal da paciência. Foi quando jogámos assim que facturamos no Sábado.
Por último, umas palavras para a boa exibição do Kálé, já merecias estes 90'inhas, inspirou sempre muita confiança e disse sempre presente, fica mais difícil o trabalho do Miguel...